segunda-feira, 2 de março de 2015

Principal conselheiro de Dilma Rousseff deve ser um tucano

Nas décadas que faço cobertura de política nunca tinha visto um começo de governo tão desastrado como o da Dilma Rousseff (PT). Ela conseguiu em menos de dois meses deixar todo mundo descontente, inclusive, grande parte dos petistas. A mulher só toma medidas impopulares, uma atrás da outra. Parece que quem a está aconselhando é um adversário que quer ver a sua ruína. Cortou bolsas de estudo na educação, aumentou a gasolina e a energia, tirou direitos adquiridos de trabalhadores e colocou a economia do país num buraco. Acho que ninguém conseguiria fazer pior. Manteve pessoas no cargo que estavam sob suspeição das investigações da Operação Lava Jato e nomeou um ministério incompetente. Tanto que esses dias entrou em choque com o ministro da Fazenda, Joaquim Levy. O rapaz desautorizou a “patroa” numa queda de braço interna muito perigosa que passa a imagem de um governo sem rumo em que cada um dos seus membros fala um idioma diferente.
Questão de lógicaAumentar os combustíveis e a energia enquanto a mídia divulga a “roubalheira” na Petrobras é um contrassenso. As pessoas ficam inconformadas com razão. Levaram bilhões da multinacional brasileira e quem vai pagar a conta são os consumidores brasileiros?
Tucanos na moitaTeve neste final de semana na casa do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) uma reunião com as principais lideranças tucanas. A conclusão que chegaram é que o impeachment de Dilma pode criar um impasse no PSDB.
As razões tucanasFHC ponderou que a queda de Dilma levará o PMDB ao poder. Nesse caso, o PSDB terá que ser avalista do novo governo. Teria que sair da oposição para um governo de convergência para “salvar o Brasil”. O ex-presidente acha isso uma “roubada” pros tucanos.
Escaramuças no AcreEnquanto isso, um importante membro do PMDB acreano postou nas redes sociais a sua insatisfação com os tucanos daqui. Parece que o PSDB quer liderar a oposição no Estado. Mas perdeu a chance com o fiasco da candidatura de Márcio Bittar (PSDB), mesmo com o apoio incondicional de 10 partidos.
DisparatesTem horas que não entendo o PMDB. O partido no Acre tem dois deputados federais, dois estaduais e quatro prefeitos. Não precisa ser vice de ninguém. Tem capital político suficiente para encarar candidaturas majoritárias no Estado.
PeregrinaPor falar nisso, encontrei com a ex-deputada estadual Antônia Sales (PMDB). Ela continua subindo e descendo os rios do Juruá para visitar as comunidades. Além disso, recebe diariamente os seus eleitores na sua casa em Cruzeiro do Sul. A mulher já está se preparando para 2018.
Belas solidárias
A ala feminina do PMDB, comandada pela deputada estadual Eliane Sinhasique (PMDB), nunca esteve tão ativa. O grupo das PMDBelas depois de promover um baile de carnaval, agora, está empenhado numa ação solidária. As mulheres peemedebistas estão recolhendo donativos para as vitimas das enchentes de Brasiléia e Rio Branco.
PetecadaO senador Sérgio Petecão (PSD) é realmente uma figura folclórica. Durante a sua eleição, em 2010, costumava dormir na casa dos eleitores pelo Estado. Agora, com a enchente do rio Acre, acampou no Palheiral, em Rio Branco, para ajudar os moradores no transporte de móveis. Uma figura.
Na colaO senador Gladson Cameli (PP) acompanhou o ministro da integração Gilberto Occhi na viagem de volta à Brasília. Gladson vai ficar no pé do ministro para liberar rapidamente os recursos prometidos para os desabrigados com as enchentes.
A missãoOutra questão importante é fazer o ministro da integração reconhecer rapidamente o estado de calamidade de Brasiléia e de Rio Branco. Isso significa recursos diretos para os gestores desses municípios poderem trabalhar com as emergências geradas pelas alagações.
Movimento rápidoO senador Jorge Viana (PT) deu um badalado jantar na sua casa em Brasília para o ex-presidente Lula (PT). No dia seguinte estava no Acre acompanhando o ministro da integração. Jorge lida diariamente com os problemas do PT nacional e acreano. Questão de sobrevivência…
O rescaldo de uma tragédiaPelo menos cinco municípios foram profundamente afetados pelas cheias, Rio Branco, Assis Brasil, Brasiléia, Epitaciolândia e Tarauacá. Agora, a situação de Sena Madureira também está ficando complicada. Está no hora dos nossos políticos deixarem as vaidades de lado e criarem instrumentos para uma união suprapartidária. A recuperação desses municípios afetados pelas cheias será ainda mais complicada do que o socorro aos desabrigados. As possibilidades de epidemias de doenças, os prejuízos econômicos e a destruição da infraestrutura dessas cidades será um desafio para as nossas autoridades. Se ficarem querendo tirar proveito político eleitoral da situação quem vai sofrer é a população. Espero que o bom senso e o espírito humanitário prevaleça.
Nelson Liano Jr. nelsonliano@hotmail.com

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